PITÁGORAS, DO RACIONALISMO AO
MISTICISMO.
Quando
estamos nas séries finais do ensino fundamental escutamos, muitos de nós, pela
primeira vez falaz em Pitágoras. Em nossa memória fica o celebre enunciado do
teorema que leva seu nome “Teorema de Pitágoras:
a hipotenusa ao quadrado é igual à soma do quadrado dos catetos”, carregamos
ao longo de nossa vida escolar este teorema e em muitas provas somos levados a
usa-lo. Pitágoras também ficou conhecido pelo seu estudo na aritmética e a
descoberta dos números irracionais, aqui estamos diante de um homem que nasceu
em Samos (uma ilha do mar Egeu) pelos anos de 571 a.C. ou 570 a.C. e morreu
provavelmente em 497 a. C. ou 496 a.C. em Metaponto, a inspiração de Pitágoras
tinha como pilares principais a Aritmética, a Música, a Geometria e a
Astronomia.
Até aqui falamos de um Pitágoras matemático, mas nosso trabalho busca justamente a interface entre diversas áreas e nesse ponto estamos falando de um homem fortuito nesta condição. Pitágoras de Samos foi bem mais que um matemático, não vamos aqui destacar as diversas áreas de sua atuação. O destaque é para o seu pensamento permeado por uma doutrina envolvida com a numerologia mística unida com uma filosofia cósmica.
Após ter viajado, nomeadamente pelo Egito, regressou à sua terra natal e fundou uma escola quando contava já perto de 50 anos de idade. Esta escola tinha fins políticos, religiosos e filosóficos com uma habilidade profunda em desenvolver trabalhos que conectavam a racionalidade e o místico, a filosofia e a religião. Há quem considere Pitágoras o fundador da ciência, uma ciência que quase todo ser humano gosta é a música, esta é realmente uma expressão de uma percepção da ligação cósmica (universo místico) com a racionalidade.
Para
Pitágoras o poder mágico da música estava nos números. A sensação de harmonia
não se devia simplesmente a sons agradáveis aos ouvidos, e sim a números dançando
de acordo com relações matemáticas. Esta inspiração levou Pitágoras a perceber
que Os intervalos básicos da música grega podem ser expressos como razões entre
os números inteiros 1, 2, 3 e 4. O tom de uma lira (ou, para nós, de um
violão), quando ferimos uma corda apertando-a na metade de seu comprimento, é
uma oitava mais alto do que o tom da corda soando livremente; se ferimos a corda
apertando-a a 2/3 do seu comprimento, o tom é uma quinta mais alto; a 3/4, uma
quarta mais alto. Ao girar em torno da Terra em suas órbitas, o Sol e os planetas
gerariam uma melodia cósmica, o sistema solar se transformando em um gigantesco
instrumento que ressonaria a música divina, a harmonia das esferas celestes; que
somente o Mestre era capaz de ouvir.
Uma
observação importante é que aqui falamos tudo em Relação a Pitágoras, no entanto,
entenda-se Pitágoras aqui como a expressão de sua escola, da qual os membros se
chamam Pitagóricos. Dentre os símbolos utilizados por esta escola, um que se
destaca é o Pentagrama, muito utilizado em diversas religiões, durante o
Período da inquisição foi caracterizado como símbolo do Paganismo. A estrela é símbolo
de um homem com os braços e as pernas abertas, assim consideram algumas seitas
religiosas. Há que atribua à escola Pitagórica o inicio dos trabalhos dos Essênios,
estes figuram na história como os que estão mais envoltos em mistérios, quanto
a sua vida e suas atividades, dentre as três seitas judaicas antes do
nascimento de Jesus: os Saduceus, os Fariseus e os Essênios.
BIBLIOGRAFIA
UTILIZADA
MARCELO GLEISER, A
DANÇA DO UNIVERSO. Dos mitos de Criação ao Big Bang, Copyright © 1997 by
Marcelo Gleiser.
Tales e Pitágoras. Biografia
do Matemático (Itália, séc. XII-XIII). Celebrizado pelo romance de Dan Browne.
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